Por que Jesus morreu na cruz?

A partir da referida pergunta estabelecida no tema desse texto, teve-se a tentativa de encontrar uma possível resposta, ou uma direção. E foi posta, por exemplo, que é por conta do seu grande amor por cada ser humano.

Por Genival Carvalho

20/07/2020

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Por @enriqueflores - Unsplash

A resposta pode está em nossos corações, como temos algumas direções para tal motivo em algumas passagens bíblicas, que falam do tão grande amor de Cristo. Podemos sim afirmar, Jesus morreu por amor a cada um de nós, pois como ele nos diz: “não há amor maior do que dar a vida pelos amigos”, Jo 15,13. De fato, esse foi o grande motivo que fez Nosso Senhor seguir em direção ao calvário, mesmo podendo deixar tão pesada missão de carregar todos os nossos pecados.

Seguem algumas passagens, que se encontram no livro de Isaías, que fazem referência à pesada missão de Cristo em doar sua própria vida.  No início do capítulo 53,3 do livro de Isaías, ele afirma que:

“Desprezado e rejeitado pelos homens, homem de sofrimento e experimentado na dor; como indivíduo de quem a gente esconde o rosto, ele era desprezado e nem tomamos conhecimento dele”.

E, a partir do versículo 4 afirma-se:

“Todavia, eram as nossas doenças que ele carregava, eram as nossas dores que ele levava em suas costas. E nós achávamos que ele era um homem castigado, um homem ferido por Deus e humilhado”.

Percebemos nesses versículos que não foi fácil à jornada de Cristo até a cruz.

Antes de ser crucificado, Jesus foi flagelado. Na verdade, ele deixou-se ser flagelado, e como diz as passagens acima, foi desprezado, coberto de dores, cheio de sofrimentos, mas não deixou a sua missão por mais pesada que fosse. Ele não carregava sobre si nenhum mal, tudo que fez, foi cumprir a vontade daquele que lhe enviou, Deus. Foi pensando em cada ser humano, em cada um de nós. Com isso, Jesus nos libertou do pecado com seu próprio sangue, nos concedeu uma vida nova. Muitos ouviram e viram Jesus, mas não acreditaram nele. Por isso, para que possamos receber a graça da salvação, é necessário reconhecer Cristo como nosso Senhor e Salvador e vivenciar essa fé.

É preciso também, em nossa busca contínua de conversão, deixar que o amor e a luz do Cristo que venceu a morte e ressuscitou sempre possa nos guiar como testemunho da nossa profissão de fé. Dessa forma, é preciso acreditar que aquele sepulcro o qual colocaram nosso Senhor, no terceiro dia ficou vazio. A pedra que lhe prendia rolou e Jesus não mais se encontra lá, ele vive para sempre.   O processo de conversão não é fácil, mas como diz Jesus,

“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo”. – Jo 16,33

E, ele nos concede a possibilidade dessa graça, aceitá-la é uma atitude que merece renunciar a si mesmo e fazer a sua vontade, isso em um processo contínuo. 

Ele mesmo sendo Deus se fez homem e suportou todas as dores, provocações e chacotas. Quando entregaram Jesus a Pilatos, depois que o pegaram no Getsêmani, Em Mt 26,36, Pilatos diz que não encontra nada que o condene, e nunca encontraria coisa alguma. Jesus quis seguir a sua missão de sofrer o martírio na cruz por amor a cada um de nós, amou-nos de tal modo que doou sua própria vida, com um amor incondicional. Imagine uma mãe que enfrentaria um mar agitado e uma floresta em chama para salvar seu filho em perigo, o amor de Cristo vai tão além desse que talvez nos falte palavras para expressá-lo. E, ele não morreu para salvar somente uma pessoa, mas a humanidade, gerações, que viva em busca do bem maior.

Quantas vezes deixamos de erguer nossos olhos para o alto de onde vem nossa força e salvação, de modo que, por vezes, caímos em nossa própria fraqueza. No entanto, devemos está cientes que no caminho sempre encontramos algumas pedras que dificultam nosso caminhar, porém é necessário também sempre lembrarmos que, por mais que tenhamos cometidos erros e passado por sofrimentos, foi por cada um de nós que Cristo caminhou em direção ao calvário a ponto de sofrer o martírio da cruz. É necessário envolver-se nesse amor que sempre está de prontidão como o pai a espera do filho pródigo – Lc 15,11-32 – para fazer morada em nossos corações.

Por isso, não podemos ver o sofrimento que por acaso tenhamos passado como o abandono de Deus. Ao contrário, Jesus, ao decidir não voltar atrás em sua missão, é a prova de que ele nunca nos abandonou. Encontrar sua presença quando rastejamos na lama das dificuldades é o mistério, o segredo, que nos faz forte, que nos faz encontrar forças que não imaginávamos está em nós.

Enfim, a partir da referida pergunta estabelecida no tema desse texto, teve-se a tentativa de encontrar uma possível resposta, ou uma direção. E foi posta, por exemplo, que é por conta do seu grande amor por cada ser humano. É difícil encontrar palavras para explicar tão grande amor, porque ele vai além de nossa humanidade. Sendo assim, por conta de tão grande feito que a leitura da Carta aos Hebreus nos diz, “na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem”.

Que Deus esteja sempre conosco.